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Capítulo 108: Implanta no nosso sistema!

  Na manh? seguinte.

  O sol nascia no horizonte enquanto Mira e Rem saíam da casa. O mini-ghoul estava parado, encarando outros ghouls que se aproximavam com cautela.

  — "O que foi?" — perguntou Mira, observando a cena com aten??o.

  Os ghouls se aproximaram, farejaram o ar em volta delas, e ent?o, lentamente, se dispersaram pela cidade.

  — "O que eles queriam?" — insistiu Mira, ainda desconfiada.

  — "Grávidas... de verdade." — respondeu o mini-ghoul, com simplicidade.

  Rem trocou um olhar preocupado com Mira.

  — "Devemos ir embora agora?"

  O mini-ghoul assentiu com determina??o.

  — "Sim. Perigoso."

  Mira olhou para cima, gritando:

  — "Lavel, é bom cumprir sua parte!"

  Rem trancou a porta antes de entrar no caminh?o. Cada uma subiu em seu veículo, e o comboio come?ou a pegar a estrada. De repente fora da cidade, Rem recebeu uma liga??o.

  — "Oi?" — atendeu, com curiosidade.

  A voz de Lavel veio do outro lado.

  — "Estou logo atrás de vocês."

  Rem olhou pelo retrovisor e viu três caminh?es seguindo o comboio.

  — "Mira, mantenha as m?os firmes no volante e dê uma olhada pelo retrovisor." — alertou pelo rádio.

  Mira quase perdeu o controle, mas rapidamente se recuperou.

  — "O que é isso?" — exclamou pelo rádio.

  — "é Lavel." — respondeu Rem, olhando os caminh?es pelo retrovisor, com um sorriso surpreso.

  — "Mas como isso é possível?" — exclamou Mira pelo rádio, sua voz carregada de espanto.

  — "Dois caminh?es carregados com itens essenciais e um equipado com armas." — informou Lavel, com uma precis?o quase fria.

  Rem estreitou os olhos, mantendo o foco na estrada enquanto ajustava o rádio.

  — "Bom trabalho. Mas ou?a bem: n?o atire nos ghouls. Qualquer disparo pode desencadear uma guerra com eles."

  — "Estou plenamente ciente." — respondeu Lavel, antes de encerrar a chamada.

  Rem respirou fundo, os dedos firmes no volante, enquanto pensava:

  "Que loucura é essa que vocês construíram, Kay?"

  O comboio seguiu pela estrada vazia, avan?ando sob o céu tingido pelos tons do crepúsculo. Ao chegarem à base, a noite já havia tomado conta, cobrindo a paisagem com um manto de escurid?o.

  — "As ruas desertas facilitam a viagem." — comentou Rem, aliviada.

  Porém, n?o estavam sozinhas. Mais uma vez, os ghouls emergiram das sombras, cercando os veículos com seus olhares penetrantes.

  — "Tem mais veículos agora do que quando vocês partiram." — disse um dos ghouls, desconfiado.

  O mini-ghoul deu um passo à frente, com firmeza.

  — "Alimento."

  Mira ergueu a cabe?a, respondendo de imediato:

  — "Esses caminh?es têm alimentos para nós."

  O ghoul mais próximo inclinou a cabe?a, os olhos semicerrados.

  — "Vocês só consomem uma coisa? Há o mesmo tipo de comida nos nossos estoques."

  A case of literary theft: this tale is not rightfully on Amazon; if you see it, report the violation.

  Outro ghoul, mais curioso, aproximou-se dos caminh?es de Lavel e farejou o ar ao redor.

  — "N?o sinto cheiro vindo daqui de dentro."

  — "Abra!" — exigiu o primeiro ghoul.

  Rem interveio rapidamente, a voz firme, mas diplomática:

  — "S?o alimentos congelados. Se abrirmos, a temperatura interna será comprometida, e os alimentos podem ser danificados."

  Os ghouls se entreolharam, ainda desconfiados.

  — "Todos os caminh?es s?o assim?" — perguntou um deles.

  — "N?o." — respondeu Rem, com calma. — "Um deles tem alimentos normais."

  O líder dos ghouls se adiantou, os olhos fixos nela.

  — "Abra esse."

  Com relutancia, a porta traseira de um dos caminh?es foi aberta. As luzes internas iluminaram caixas e pacotes de comida. Os ghouls se aproximaram lentamente, analisando cada detalhe.

  — "N?o conhe?o esses alimentos humanos, mas n?o parecem perigosos." — disse um deles, depois de uma pausa.

  O líder deu um passo para trás, indicando com um gesto que poderiam prosseguir.

  — "Tudo bem. Podem ir."

  — "Obrigada." — disse Rem, esbo?ando um sorriso rápido antes de fechar a porta do caminh?o.

  Mira pegou o rádio e ordenou:

  — "Abra a passagem!"

  Os port?es da base come?aram a se abrir, rangendo como um gigante despertando. O comboio avan?ou lentamente para o interior da base, e assim que o último caminh?o cruzou os port?es, eles se fecharam com um estrondo final.

  Dentro da seguran?a da base, Mira olhou para os caminh?es de Lavel, ainda impressionada.

  — "Isso foi mais intenso do que eu esperava."

  — "Bem-vindas de volta!" — disse Ravena, caminhando em dire??o a elas com passos rápidos e ansiosos.

  Uma onda de curiosidade tomou conta da base, e logo todos estavam ao redor, os olhos fixos nos caminh?es que haviam chegado.

  Mira desceu de seu veículo, erguendo uma das m?os em um gesto para acalmar a multid?o de olhares questionadores.

  — "Eu adoraria explicar tudo para vocês, mas, honestamente, estamos t?o cheias de dúvidas quanto vocês. O que importa é que conseguimos mais alimentos!"

  Houve um murmúrio entre o grupo. Lily cruzou os bra?os, arqueando uma sobrancelha.

  — "Alimentos? Pensei que já tínhamos pegado tudo do vilarejo!"

  Mira soltou uma risada curta, mas carregada de incredulidade.

  — "Você vai ficar surpresa quando vir a quantidade de coisas que o Kay tinha escondido."

  — "Primeiro peguem os alimentos nos caminh?es e estoquem junto com os outros!" — ordenou Rem.

  Com um som mecanico suave, as portas traseiras de dois caminh?es se abriram automaticamente, revelando o conteúdo.

  — "é sério que ele escondeu isso tudo?" — exclamou Lily, incrédula ao ver o volume de suprimentos.

  Mira e Rem também se aproximaram para conferir e, pela primeira vez, ficaram surpresas com a quantidade.

  — "Vocês nem olharam antes?" — questionou Lily, franzindo a testa.

  Rem co?ou a cabe?a, visivelmente desconcertada.

  — "Como posso explicar... foi uma carga automática direto para o caminh?o."

  De repente, uma voz familiar ecoou.

  — "Ei, Mira! Ei, Mira!" — chamou Lavel, vinda de dentro de um dos caminh?es.

  Mira se aproximou, curiosa, e viu a porta lateral se abrir, revelando seu celular no painel.

  — "Pode retirar. E fa?a exatamente como expliquei ontem." — disse Lavel.

  Com cautela, Mira pegou o celular, mas, assim que o fez, tanto o caminh?o quanto o aparelho desligaram.

  — "Ei, Lavel!" — chamou Mira, mas n?o obteve resposta. Ela encarou o celular, tentando ligá-lo sem sucesso.

  Rem cruzou os bra?os, observando a filha.

  — "Bom, pelo menos você tem o celular de volta."

  — "Ela tá me for?ando a conectar isso no computador." — concluiu Mira, apertando o aparelho sem sucesso.

  — "Eu vou com você." — disse Rem, decidida.

  Mira fechou a porta do caminh?o e caminhou até onde Fernanda estava inspecionando os suprimentos ao lado dos soldados.

  — "é uma colheita impressionante." — comentou Fernanda, enquanto verificava algumas caixas.

  — "Parece um presente do Kay." — respondeu Mira.

  — "Podemos conversar na sua sala?" — perguntou Rem.

  Fernanda franziu o cenho, mas concordou.

  — "Claro."

  — "Emília, vem também!" — chamou Mira, olhando para a amiga, que hesitou antes de seguir o grupo.

  Na sala dos cientistas da base, a atmosfera estava tensa e cheia de expectativas.

  — "O que está acontecendo?" — perguntou um dos cientistas, curioso.

  — "Eles precisam sair?" — questionou Fernanda, olhando para os outros.

  — "N?o, podem ficar." — come?ou Mira, tomando a dianteira. — "Ent?o, o Kay tinha um sistema secreto chamado Lavel. Pelo que entendemos, é um sistema evolutivo, uma inteligência artificial que coleta informa??es da internet e controla coisas, como os três caminh?es que acabaram de chegar."

  Os cientistas trocaram olhares confusos, mas Rem interveio para complementar:

  — "Parece ser um tipo de sistema automatizado que o Kay e a m?e dele criaram no passado. Só vamos entender completamente quando conectarmos no sistema de vocês através de um cabo USB."

  Mira ergueu a m?o, sinalizando para a m?e parar de falar antes que complicasse mais.

  — "Inteligência artificial?" — questionou Fernanda, intrigada. — "Isso era um projeto descartado há décadas. Foi abandonado por falta de progresso e riscos associados."

  — "Acho que é exatamente isso." — disse Mira. — "Lavel garantiu que será útil tanto para o instituto quanto para nós, no exército. Mas precisamos conectá-la para ela voltar a funcionar."

  Fernanda cruzou os bra?os, pensativa.

  — "Eu n?o sei. O sistema do instituto é delicado. N?o podemos correr o risco de vazar informa??es sigilosas."

  Mira deu um meio sorriso.

  — "Curioso. Lavel mencionou que você tinha 85% de chance de recusar, mas que o chefe do instituto e Aiko aceitariam sem hesitar, com 100% de certeza."

  Fernanda bufou, incrédula.

  — "Isso é ridículo. Eles s?o gênios. N?o aceitariam algo assim t?o facilmente."

  Alguns minutos depois

  — "Se o sistema está completo, pode implantá-lo no nosso." — disse o chefe do instituto por chamada de vídeo.

  — "Se foi o Kay que criou, quero ver com meus próprios olhos o legado dele." — acrescentou Aiko, que também estava na chamada.

  Rem soltou uma risada, incrédula.

  — "As estatísticas da Lavel estavam certas."

  Fernanda revirou os olhos, claramente contrariada.

  — "Eu n?o me responsabilizo por isso."

  — "Tchau, tchau!" — disse Aiko, encerrando a chamada com um sorriso satisfeito.

  Fernanda suspirou, derrotada.

  — "Vai em frente."

  Mira conectou o celular ao computador, enquanto Rem e os outros observavam. A tela piscou, e uma barra de carregamento apareceu. O sistema de Lavel come?ava a se integrar.

  — "Pronto. Agora, é só esperar." — disse Mira, cruzando os bra?os.

  — "Espero que saibam o que est?o fazendo." — murmurou Fernanda, olhando para o monitor enquanto o processo continuava.

  Mira plugou o cabo no celular e se abaixou para conectá-lo ao computador. Assim que encaixou o conector, o celular vibrou, e uma imagem de um modem apareceu na tela.

  — "Modem? O que isso tem a ver?" — murmurou Mira, confusa.

  Olhando para a mesa, ela percebeu um modem físico idêntico ao da imagem.

  — "Quer que conecte ali?" — perguntou ela, quase como se estivesse falando com o aparelho.

  De repente, a tela do celular ficou verde, como se confirmasse.

  Os cientistas presentes ficaram alarmados.

  — "Isso conecta diretamente ao sistema do instituto!" — pensaram alguns, trocando olhares preocupados.

  Mira, sem perceber o alvoro?o, encontrou uma entrada USB no modem e conectou o celular a ele. No mesmo instante, uma barra de carregamento apareceu no celular.

  — "é só isso?" — perguntou Emília, inclinando-se para olhar a tela.

  — "Acho que agora é só deixar carregar." — respondeu Mira, um pouco aliviada.

  Ent?o, as telas dos monitores no laboratório come?aram a mudar. Uma a uma, mostravam imagens das cameras de seguran?a espalhadas pela base.

  — "Espera... está hackeando?" — gritou Fernanda, visivelmente alarmada.

  Nas telas, uma camera focava no pátio, mais precisamente no terceiro caminh?o, o único que ainda estava fechado.

  — "Lavel... onde foi que já ouvi esse nome?" — murmurou Himitsu, olhando atentamente para a marca no caminh?o.

  — "é algo do Kay. Talvez você tenha visto isso na casa dele." — sugeriu Joana, observando Himitsu mergulhar em pensamentos.

  Himitsu franziu a testa, uma memória vindo à tona.

  — "é o projeto que ela apresentou ao instituto mas que foi rejeitado, achei que Lavel era o sistema de camera da casa" — disse himitsu

  — "A m?e do Kay era do instituto?" — exclamou Lena, surpresa com a revela??o.Himitsu respirou fundo.

  Um sorriso discreto surgiu nos lábios de Himitsu.

  — "Sim. E eu lembro dela me convidando para ajudar eles a construir, mas recusei. Deixei o trabalho para ela e o Kay. Pelo visto, conseguiram concluir."

  — "Deve ser algo bom, para vocês terem trazido para a base." — comentou Lena, ainda intrigada.Joana, por outro lado, n?o tirava os olhos do caminh?o fechado.

  — "O que tem dentro daquele caminh?o? Será que é alimento?"

  — "Se n?o abriu ainda, provavelmente n?o é isso." — respondeu Himitsu, desconfiada.

  A lateral do caminh?o se abriu com um som mecanico que ecoou pela base.

  — "Que susto! Faz isso n?o!" — gritou Lena, levando a m?o ao peito.

  — "Tá brincando?!" — exclamaram alguns soldados, visivelmente surpresos.

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