Na manh? seguinte.
O sol nascia no horizonte enquanto Mira e Rem saíam da casa. O mini-ghoul estava parado, encarando outros ghouls que se aproximavam com cautela.
— "O que foi?" — perguntou Mira, observando a cena com aten??o.
Os ghouls se aproximaram, farejaram o ar em volta delas, e ent?o, lentamente, se dispersaram pela cidade.
— "O que eles queriam?" — insistiu Mira, ainda desconfiada.
— "Grávidas... de verdade." — respondeu o mini-ghoul, com simplicidade.
Rem trocou um olhar preocupado com Mira.
— "Devemos ir embora agora?"
O mini-ghoul assentiu com determina??o.
— "Sim. Perigoso."
Mira olhou para cima, gritando:
— "Lavel, é bom cumprir sua parte!"
Rem trancou a porta antes de entrar no caminh?o. Cada uma subiu em seu veículo, e o comboio come?ou a pegar a estrada. De repente fora da cidade, Rem recebeu uma liga??o.
— "Oi?" — atendeu, com curiosidade.
A voz de Lavel veio do outro lado.
— "Estou logo atrás de vocês."
Rem olhou pelo retrovisor e viu três caminh?es seguindo o comboio.
— "Mira, mantenha as m?os firmes no volante e dê uma olhada pelo retrovisor." — alertou pelo rádio.
Mira quase perdeu o controle, mas rapidamente se recuperou.
— "O que é isso?" — exclamou pelo rádio.
— "é Lavel." — respondeu Rem, olhando os caminh?es pelo retrovisor, com um sorriso surpreso.
— "Mas como isso é possível?" — exclamou Mira pelo rádio, sua voz carregada de espanto.
— "Dois caminh?es carregados com itens essenciais e um equipado com armas." — informou Lavel, com uma precis?o quase fria.
Rem estreitou os olhos, mantendo o foco na estrada enquanto ajustava o rádio.
— "Bom trabalho. Mas ou?a bem: n?o atire nos ghouls. Qualquer disparo pode desencadear uma guerra com eles."
— "Estou plenamente ciente." — respondeu Lavel, antes de encerrar a chamada.
Rem respirou fundo, os dedos firmes no volante, enquanto pensava:
"Que loucura é essa que vocês construíram, Kay?"
O comboio seguiu pela estrada vazia, avan?ando sob o céu tingido pelos tons do crepúsculo. Ao chegarem à base, a noite já havia tomado conta, cobrindo a paisagem com um manto de escurid?o.
— "As ruas desertas facilitam a viagem." — comentou Rem, aliviada.
Porém, n?o estavam sozinhas. Mais uma vez, os ghouls emergiram das sombras, cercando os veículos com seus olhares penetrantes.
— "Tem mais veículos agora do que quando vocês partiram." — disse um dos ghouls, desconfiado.
O mini-ghoul deu um passo à frente, com firmeza.
— "Alimento."
Mira ergueu a cabe?a, respondendo de imediato:
— "Esses caminh?es têm alimentos para nós."
O ghoul mais próximo inclinou a cabe?a, os olhos semicerrados.
— "Vocês só consomem uma coisa? Há o mesmo tipo de comida nos nossos estoques."
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Outro ghoul, mais curioso, aproximou-se dos caminh?es de Lavel e farejou o ar ao redor.
— "N?o sinto cheiro vindo daqui de dentro."
— "Abra!" — exigiu o primeiro ghoul.
Rem interveio rapidamente, a voz firme, mas diplomática:
— "S?o alimentos congelados. Se abrirmos, a temperatura interna será comprometida, e os alimentos podem ser danificados."
Os ghouls se entreolharam, ainda desconfiados.
— "Todos os caminh?es s?o assim?" — perguntou um deles.
— "N?o." — respondeu Rem, com calma. — "Um deles tem alimentos normais."
O líder dos ghouls se adiantou, os olhos fixos nela.
— "Abra esse."
Com relutancia, a porta traseira de um dos caminh?es foi aberta. As luzes internas iluminaram caixas e pacotes de comida. Os ghouls se aproximaram lentamente, analisando cada detalhe.
— "N?o conhe?o esses alimentos humanos, mas n?o parecem perigosos." — disse um deles, depois de uma pausa.
O líder deu um passo para trás, indicando com um gesto que poderiam prosseguir.
— "Tudo bem. Podem ir."
— "Obrigada." — disse Rem, esbo?ando um sorriso rápido antes de fechar a porta do caminh?o.
Mira pegou o rádio e ordenou:
— "Abra a passagem!"
Os port?es da base come?aram a se abrir, rangendo como um gigante despertando. O comboio avan?ou lentamente para o interior da base, e assim que o último caminh?o cruzou os port?es, eles se fecharam com um estrondo final.
Dentro da seguran?a da base, Mira olhou para os caminh?es de Lavel, ainda impressionada.
— "Isso foi mais intenso do que eu esperava."
— "Bem-vindas de volta!" — disse Ravena, caminhando em dire??o a elas com passos rápidos e ansiosos.
Uma onda de curiosidade tomou conta da base, e logo todos estavam ao redor, os olhos fixos nos caminh?es que haviam chegado.
Mira desceu de seu veículo, erguendo uma das m?os em um gesto para acalmar a multid?o de olhares questionadores.
— "Eu adoraria explicar tudo para vocês, mas, honestamente, estamos t?o cheias de dúvidas quanto vocês. O que importa é que conseguimos mais alimentos!"
Houve um murmúrio entre o grupo. Lily cruzou os bra?os, arqueando uma sobrancelha.
— "Alimentos? Pensei que já tínhamos pegado tudo do vilarejo!"
Mira soltou uma risada curta, mas carregada de incredulidade.
— "Você vai ficar surpresa quando vir a quantidade de coisas que o Kay tinha escondido."
— "Primeiro peguem os alimentos nos caminh?es e estoquem junto com os outros!" — ordenou Rem.
Com um som mecanico suave, as portas traseiras de dois caminh?es se abriram automaticamente, revelando o conteúdo.
— "é sério que ele escondeu isso tudo?" — exclamou Lily, incrédula ao ver o volume de suprimentos.
Mira e Rem também se aproximaram para conferir e, pela primeira vez, ficaram surpresas com a quantidade.
— "Vocês nem olharam antes?" — questionou Lily, franzindo a testa.
Rem co?ou a cabe?a, visivelmente desconcertada.
— "Como posso explicar... foi uma carga automática direto para o caminh?o."
De repente, uma voz familiar ecoou.
— "Ei, Mira! Ei, Mira!" — chamou Lavel, vinda de dentro de um dos caminh?es.
Mira se aproximou, curiosa, e viu a porta lateral se abrir, revelando seu celular no painel.
— "Pode retirar. E fa?a exatamente como expliquei ontem." — disse Lavel.
Com cautela, Mira pegou o celular, mas, assim que o fez, tanto o caminh?o quanto o aparelho desligaram.
— "Ei, Lavel!" — chamou Mira, mas n?o obteve resposta. Ela encarou o celular, tentando ligá-lo sem sucesso.
Rem cruzou os bra?os, observando a filha.
— "Bom, pelo menos você tem o celular de volta."
— "Ela tá me for?ando a conectar isso no computador." — concluiu Mira, apertando o aparelho sem sucesso.
— "Eu vou com você." — disse Rem, decidida.
Mira fechou a porta do caminh?o e caminhou até onde Fernanda estava inspecionando os suprimentos ao lado dos soldados.
— "é uma colheita impressionante." — comentou Fernanda, enquanto verificava algumas caixas.
— "Parece um presente do Kay." — respondeu Mira.
— "Podemos conversar na sua sala?" — perguntou Rem.
Fernanda franziu o cenho, mas concordou.
— "Claro."
— "Emília, vem também!" — chamou Mira, olhando para a amiga, que hesitou antes de seguir o grupo.
Na sala dos cientistas da base, a atmosfera estava tensa e cheia de expectativas.
— "O que está acontecendo?" — perguntou um dos cientistas, curioso.
— "Eles precisam sair?" — questionou Fernanda, olhando para os outros.
— "N?o, podem ficar." — come?ou Mira, tomando a dianteira. — "Ent?o, o Kay tinha um sistema secreto chamado Lavel. Pelo que entendemos, é um sistema evolutivo, uma inteligência artificial que coleta informa??es da internet e controla coisas, como os três caminh?es que acabaram de chegar."
Os cientistas trocaram olhares confusos, mas Rem interveio para complementar:
— "Parece ser um tipo de sistema automatizado que o Kay e a m?e dele criaram no passado. Só vamos entender completamente quando conectarmos no sistema de vocês através de um cabo USB."
Mira ergueu a m?o, sinalizando para a m?e parar de falar antes que complicasse mais.
— "Inteligência artificial?" — questionou Fernanda, intrigada. — "Isso era um projeto descartado há décadas. Foi abandonado por falta de progresso e riscos associados."
— "Acho que é exatamente isso." — disse Mira. — "Lavel garantiu que será útil tanto para o instituto quanto para nós, no exército. Mas precisamos conectá-la para ela voltar a funcionar."
Fernanda cruzou os bra?os, pensativa.
— "Eu n?o sei. O sistema do instituto é delicado. N?o podemos correr o risco de vazar informa??es sigilosas."
Mira deu um meio sorriso.
— "Curioso. Lavel mencionou que você tinha 85% de chance de recusar, mas que o chefe do instituto e Aiko aceitariam sem hesitar, com 100% de certeza."
Fernanda bufou, incrédula.
— "Isso é ridículo. Eles s?o gênios. N?o aceitariam algo assim t?o facilmente."
Alguns minutos depois
— "Se o sistema está completo, pode implantá-lo no nosso." — disse o chefe do instituto por chamada de vídeo.
— "Se foi o Kay que criou, quero ver com meus próprios olhos o legado dele." — acrescentou Aiko, que também estava na chamada.
Rem soltou uma risada, incrédula.
— "As estatísticas da Lavel estavam certas."
Fernanda revirou os olhos, claramente contrariada.
— "Eu n?o me responsabilizo por isso."
— "Tchau, tchau!" — disse Aiko, encerrando a chamada com um sorriso satisfeito.
Fernanda suspirou, derrotada.
— "Vai em frente."
Mira conectou o celular ao computador, enquanto Rem e os outros observavam. A tela piscou, e uma barra de carregamento apareceu. O sistema de Lavel come?ava a se integrar.
— "Pronto. Agora, é só esperar." — disse Mira, cruzando os bra?os.
— "Espero que saibam o que est?o fazendo." — murmurou Fernanda, olhando para o monitor enquanto o processo continuava.
Mira plugou o cabo no celular e se abaixou para conectá-lo ao computador. Assim que encaixou o conector, o celular vibrou, e uma imagem de um modem apareceu na tela.
— "Modem? O que isso tem a ver?" — murmurou Mira, confusa.
Olhando para a mesa, ela percebeu um modem físico idêntico ao da imagem.
— "Quer que conecte ali?" — perguntou ela, quase como se estivesse falando com o aparelho.
De repente, a tela do celular ficou verde, como se confirmasse.
Os cientistas presentes ficaram alarmados.
— "Isso conecta diretamente ao sistema do instituto!" — pensaram alguns, trocando olhares preocupados.
Mira, sem perceber o alvoro?o, encontrou uma entrada USB no modem e conectou o celular a ele. No mesmo instante, uma barra de carregamento apareceu no celular.
— "é só isso?" — perguntou Emília, inclinando-se para olhar a tela.
— "Acho que agora é só deixar carregar." — respondeu Mira, um pouco aliviada.
Ent?o, as telas dos monitores no laboratório come?aram a mudar. Uma a uma, mostravam imagens das cameras de seguran?a espalhadas pela base.
— "Espera... está hackeando?" — gritou Fernanda, visivelmente alarmada.
Nas telas, uma camera focava no pátio, mais precisamente no terceiro caminh?o, o único que ainda estava fechado.
— "Lavel... onde foi que já ouvi esse nome?" — murmurou Himitsu, olhando atentamente para a marca no caminh?o.
— "é algo do Kay. Talvez você tenha visto isso na casa dele." — sugeriu Joana, observando Himitsu mergulhar em pensamentos.
Himitsu franziu a testa, uma memória vindo à tona.
— "é o projeto que ela apresentou ao instituto mas que foi rejeitado, achei que Lavel era o sistema de camera da casa" — disse himitsu
— "A m?e do Kay era do instituto?" — exclamou Lena, surpresa com a revela??o.Himitsu respirou fundo.
Um sorriso discreto surgiu nos lábios de Himitsu.
— "Sim. E eu lembro dela me convidando para ajudar eles a construir, mas recusei. Deixei o trabalho para ela e o Kay. Pelo visto, conseguiram concluir."
— "Deve ser algo bom, para vocês terem trazido para a base." — comentou Lena, ainda intrigada.Joana, por outro lado, n?o tirava os olhos do caminh?o fechado.
— "O que tem dentro daquele caminh?o? Será que é alimento?"
— "Se n?o abriu ainda, provavelmente n?o é isso." — respondeu Himitsu, desconfiada.
A lateral do caminh?o se abriu com um som mecanico que ecoou pela base.
— "Que susto! Faz isso n?o!" — gritou Lena, levando a m?o ao peito.
— "Tá brincando?!" — exclamaram alguns soldados, visivelmente surpresos.